domingo, 6 de março de 2011

Professores

Senti vontade de escrever sobre ser professor, pois todo dia é dia de índio, digo, dia do professor!
A responsabilidade é imensa. O professor deve ter cultura, senso crítico, ser leitor assíduo, ter flexibilidade, criatividade, sensibilidade, disciplina, seriedade, compromisso. É muito? Não sei, só sei que não para por ai.
É triste ver professores desinformados, que não sabem se expor oralmente e nem por escrito. Sim, temos nossas limitações, mas devemos combatê-las. Discutindo ferozmente quem deve ou não ser eliminado de um programa de realit show, ler fofocas de novela, se recusar a investir na profissão, não ser assíduo, não preparar suas aulas, entre tantas outras coisas não faz um professor que marca, que faz diferença.
Quando fazia magistério (antigo curso que formava PEB I), vi um dos meus professores passando do outro lado da rua e ouvi de outra adolescente: "Olha o professor ........, ele é um barato, não ensina nada, só conta piada na classe".
Aquele dia tomei uma decisão: jamais quero que se refiram a mim assim.
Uma professora que tive na faculdade, dizia o seguinte: "Se um médico erra, sem querer 'fura' o pulmão de um paciente, ele mata um! Mas, se um professor erra, tem uma postura incorreta, mata, no mínimo, quarenta!" é um exemplo drástico, mas que nos faz pensar.
Transformar a sala de aula em espaço cultural de aprendizagem permanente e espontânea, ter atitudes intencionalmente educadoras, enfim, criar uma escola que ofereça condições que viabilizem a cidadania, onde a socialização de informações, da prática do diálogo, a transparência seja constante. Tudo isso deve englobar toda a comunidade escolar, não somente o professor. Deve haver uma real democratização da equipe gestora, planejamento participativo, respeito às diferenças, à diversidade cultural, étnica, sexual (diferentes opções sexuais), social. Desta forma, teremos no futuro, mudanças radicais no atual modelo econômico e político.
Mas, correndo de uma escola para outra, cumprindo tantas exigências, entre tantos outros problemas, fica difícil, mas não impossível.

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